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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Aos meus amigos

Vocês  estão em lugares diversos, a maioria fisicamente longe de mim. Alguns se fazem presentes mesmo quando ausentes. Outros a ausência é tanta que a saudade passou a ser de, matar a saudade.
Quando somos crianças e temos aquela rotina de escola conseguimos manter os mesmos amigos durante anos. Com o passar do tempo começamos a fazer escolhas, estudar, viajar, trabalhar, mudar de cidade, de país. Em cada escolha fazemos renúncias, involuntárias. 


Lembro quando eu tinha 15 anos, deixei minha cidade natal no interior para morar na capital. Doeu. No inicio da adolescência demorei cerca de um ano para fazer novos amigos, todas as atividades que eu desejava ainda eram com minhas amigas do interior. Morei durante 10 anos na capital de meu estado, e ao longo deste tempo fiz as conquistas mais preciosas de toda minha vida: meus amigos. Alguns me acompanharam só em algumas fases e fizeram parte da minha história. Outros ainda fazem parte da minha vida.
Há um ano atrás, novamente me mudei, desta vez a mudança foi de estado, novamente decidi ir em frente, mas com o ônus de deixar minhas mais valorosas conquistas para trás. No inicio consegui estar presente indo visita-los uma vez ao mês, hoje já fazem 7 meses que não vou a minha antiga e querida cidade para encontrar com meus queridos. E que falta a presença de vocês me faz. Neste período ví e vivenciei coisas que eu pensei: "este lugar eu tenho que voltar com a fulana ou isso aqui é a cara do ciclano."
Sei que vocês continuam lá, e muitos tiveram assim como eu, grandes conquistas neste último ano. Isso mostra que é tempo de plantar. E durante o plantio acabamos nos distanciando de coisas que até então eram de estrema necessidade, como estar fisicamente presente na vida de quem amamos. É uma fase, e como toda fase, passageira.

Na linda cidade que vivo hoje já tive o privilégio de conquistar novos amigos, mas aqui é um lugar de ciclos curtos. As pessoas vem e vão, o tempo todo. Muitas das que conheci e conquistei aqui já seguiram seus caminhos em outras terras. Outras, assim como eu, irão permanecer por mais tempo.

Há dias que dá um nó na garganta, por estar fisicamente longe de vocês. Há dias que não sei para qual vou ligar para um desabafo. Apesar de que, até onde sei, todos estariam prontos a me ouvir.
Mas quando é para dar uma boa noticia, não tenho dúvidas, conto logo para todos. E todos vibram comigo. Isso dá uma sincera sensação de que nossa amizade não mudou. E quando recebo as boas noticias das conquistas de vocês, vibro como se as conquistas fossem minhas também.

Hoje ainda preservo a minha melhor amiga de infância assim como as grandes amizades do inicio da vida adulta. Há aquelas que os anos passam e nada muda, não perdemos a intimidade, continuamos as mesmas umas para as outras. Mas há algumas que me pergunto: “em que ponto do caminho nos perdemos?” Nos tornamos pessoas tão diferentes que a afinidade acabou ficando sem espaço.

Não saberia informar hoje qual é o meu melhor amigo, todos são os melhores em alguma categoria. Se eu fosse me casar, teria umas 15 madrinhas, uma mais amada e especial que a outra, cada uma entrou em minha vida e me acompanhou em uma fase. (Calmem ABSolutas, aiiiinda falta muito para eu casar, não precisa pensar no modelito agora).
 Na categoria grandes conquistas não tenho nenhum troféu, aliás troféu é aquela coisa que só serve para juntar pó em cima de uma prateleira, mas tenho incontáveis amizades verdadeiras, daquelas que não há tempo, nem distância que ofusque ou apague.

Este texto relata como me sinto hoje, afortunada pelos que conquistei e pelos que me conquistaram. Não construí nenhuma grande história sozinha, ao meu lado sempre tive algum ou alguns de vocês. Quero que tenham a certeza de onde quer que eu esteja, independente de quanto tempo passe, aqueles que chamo de amigos saibam que SEMPRE poderão contar comigo!

PS: Eu continuo a mesma, atrasada e humorada.





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