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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dilacerada e liberta

Um dia foi uma rachadura, aos poucos as rachaduras foram tomando conta, as paredes foram enfraquecendo uma a uma. Não tinha mais o que segurasse. Teve um dia que um dos pilares mais fortes desabou. Trazia em si uma carga tão pesada que talvez não tenha suportado a si próprio. Ele desabou comprometendo toda aquela estrutura que já estava bastante fragilizada e acabou ponto abaixo uma casa inteira.

As relações que construímos são como edificações. Somos os pilares mais fortes e somos também a fundação. Manter uma relação, de qualquer natureza não é fácil, exige uma coisa chamada altruísmo. E as vezes é tão mais importante satisfazermos os nossos desejos, irmos atrás daquilo que decidimos ter e daquilo que decidimos eliminar. É bem difícil conviver com os defeitos do outros e quando colocamos os defeitos dos outros unidos aos nossos para compartilhar os mesmos metros quadrados tudo se potencializa.

Nós não temos o poder de mudar alguns fatos. Mas cada um de nós traz dentro de si uma coisa chamada inteligência emocional, para mantermo-nos lúcidos e sensatos para agir diante deles. Com ela a inteligência emocional a gente resolve. Com diálogo, com paciência também. As vezes quando pensamos que esta tudo resolvido de uma hora para outra falta litium, sobra descontrole e tudo vai abaixo. As palavras jogadas no fervor da ira, agem como se fossem ácidos corrosivos.

Quando nos cobrimos de razão, ficamos, cegos e surdos, nos tornamos a mais ilusória das verdade. Fazemos das nossas palavras armas fatais. Somos cruéis e implacáveis! Fala-se muito em respeito e em espaço. Quantas controvérsias. Quem se propõe de corpo e alma a vivenciar um vilão da vida real e a protagonizar um papelão cheio de apelos, ameaças, humilhações, auto descontrole, não deve conhecer respeito. Falar em respeito diante destes fatos é como ver a moral desfilando de cuecas.

Não há raiva, não há rancor, também não há indiferença. Há um desejo de conscientização da real causa de todo estrago e de reparo daquilo que ainda restou. Não há como reparar os escombros, mas é possível reconstruir. O perdão reconstrói.
Tem uma parte feliz e liberta. Mas ainda há outra menor e dilacerada, como se fosse uma ferida em processo de cicatrização. Que busca nas tantas coisas boas guardadas na lembrança uma forma de cicatrizar essa ferida que as vezes volta a sangrar.
Cuando alguien se vá, quien se queda sufre mas...


Esta é a trilha que eu ouvi quando vivenciei esta fase, clica, da o play e levanta o volume:

http://www.youtube.com/watch?v=5CGu63vzPWY&feature=fvst

Um comentário:

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